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Quem Perde Mais?


Idosos são as principais vítimas de fraudes digitais no Brasil, com prejuízo médio quase cinco vezes maior que o dos jovens.


Um recente levantamento realizado por uma empresa especializada em inteligência antifraude revela um cenário alarmante sobre os impactos das fraudes digitais no Brasil. Em 2025, as vítimas desses crimes perderam, em média, R$ 2.540 — um aumento de 21% em relação ao valor médio registrado no ano anterior. 

O dado aponta para a escalada não apenas na frequência dos golpes, mas também na profundidade dos prejuízos financeiros sofridos pela população.


A análise por faixa etária traz um perfil preocupante: pessoas com 60 anos ou mais são as mais atingidas. Cerca de 30% das vítimas de fraudes digitais pertencem a esse grupo etário, tornando os idosos o alvo preferencial dos criminosos. 

Além de ser mais frequentemente enganado, esse público também enfrenta os maiores prejuízos. O valor médio perdido por idosos chega a R$ 4.820, montante superior a cinco vezes o prejuízo médio sofrido pelos jovens entre 18 e 24 anos, que é de R$ 964.


As plataformas digitais mais utilizadas para a aplicação desses golpes são o WhatsApp, Instagram e Facebook. Por meio dessas redes, as falhas criam perfis falsos, simulam lojas online inexistentes ou se passam por conhecidos e familiares para obter dinheiro das vítimas. 

Entre as modalidades mais comuns estão compras que nunca chegam, ofertas de emprego ou renda extra inexistente, promessas de investimentos com retornos irreais e esquemas de multiplicação de valores depositados.


Um tipo específico de fraude, embora menos frequente, chama atenção pelo alto valor do prejuízo: as ligações telefônicas fraudulentas. Apesar de representarem menos de 2% dos casos registrados, essas chamadas são responsáveis ​​por maior dano financeiro individual. 

Cada vítima desse tipo de golpe perde, em média, R$ 6.200 — valor mais de duas vezes superior à perda média geral e quase 30% acima da perda média entre os idosos.


O estudo reforça a necessidade de campanhas de conscientização direcionadas especialmente ao público mais velho, que muitas vezes possui menor familiaridade com tecnologias e redes sociais, mas está cada vez mais conectado. 

A combinação de confiança excessiva, desejo de ajuda familiar e desconhecimento sobre mecanismos de segurança digital facilita a ação dos golpistas.


Com o avanço do uso da internet entre todas as faixas etárias, especialmente entre os mais velhos, medidas preventivas, educação digital e verificação de fontes se tornam essenciais para reduzir o número de vítimas. 

As autoridades e instituições financeiras também são instaladas para intensificar os esforços de proteção, monitoramento e resposta rápida a esses tipos de crime.




Por jornalista Márcio Batista
Foto: (Pexels/Pixabay) Reprodução / Divulgação



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