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Vacina contra a dengue


Primeira reunião da CTNBio em 2023 aprova biossegurança de vacina contra a dengue

Comissão do ministério é responsável pela análise de segurança ao meio ambiente, animais e humanos de produtos e tecnologias que contenham organismos geneticamente modificados


A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) aprovou, em sua primeira reunião do ano, a segurança da vacina contra a dengue da empresa Takeda Pharma. 


A CTNBio é responsável por avaliar a segurança ao meio ambiente, animais e humanos de produtos e tecnologias que contenham organismos geneticamente modificados (OGMs), de acordo com a Lei Geral de Biossegurança. 


A aprovação da vacina ocorreu após dois anos de discussão e estudos que demonstraram sua segurança no Brasil, onde há maior prevalência do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A CTNBio determinou que sejam monitorados os efeitos do uso da vacina no país.


O presidente da Comissão, Paulo Barroso, destacou que as análises de eficácia e uso da vacina serão feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 


Além da vacina, a CTNBio também aprovou um clone de eucalipto resistente a herbicidas da empresa Suzano. Outro processo que teve a análise iniciada é o pedido de liberação comercial do trigo geneticamente modificado desenvolvido pela empresa Bioceres na Argentina. 


A solicitação é para o cultivo da variedade, cuja farinha já foi aprovada para uso e consumo pela CTNBio.


Barroso ressaltou que, desde a criação da CTNBio, nenhum problema decorrente do uso de produtos com organismos geneticamente modificados foi comprovado no país. Os OGMs estão presentes no dia a dia do brasileiro, no supermercado, cultivos agrícolas e imunizantes aplicados na população. 


A comissão já avaliou a soja, milho, algodão, feijão e cana-de-açúcar consumidos no país e vacinas contra Covid da AstraZeneca e Janssen. Em nenhum desses produtos há relatos comprovados de problemas à saúde humana, animal ou ao meio ambiente decorrente do uso intensivo de OGMs no Brasil.


Na terça-feira (31/01), a ministra Luciana Santos recebeu em Brasília representantes da Conabia, comissão equivalente à CTNBio na Argentina. O objetivo da reunião, que teve participação também de membros da CTNBio, foi dar seguimento a um memorando de entendimento firmado no final de 2022 entre as agências dos dois países. O objetivo é facilitar o início de processos de empresas argentinas na comissão brasileira e vice-versa, reduzindo custos e acelerando o tempo de análise, mantendo as regras de análise de segurança de cada país. 


A próxima reunião da CTNBio acontece em fevereiro em Campinas (SP), na sede do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que também abriga o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro.


 

Por jornalista Márcio Batista
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Foto: (IMAPAC) Reprodução / Divulgação


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