Em vídeo, ator pede ajuda da mídia contra trabalho forçado - Mais News

Em vídeo, ator pede ajuda da mídia contra trabalho forçado


Embaixador da Boa Vontade da Organização Internacional do Trabalho diz que cerca de 25 milhões de pessoas são vítimas dessa prática em todo o mundo; segundo ele, denúncias pela imprensa podem ajudar a combater o crime e levar a mais aplicação da lei salvando vidas. 

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, divulgou um vídeo em inglês do ator Wagner Moura sobre o combate ao trabalho forçado em todo o mundo. Na gravação, de 80 segundos, o embaixador da Boa Vontade da agência pede o apoio de jornalistas para denunciar a prática criminosa.

Wagner Moura lembra que 25 milhões de pessoas incluindo mulheres e crianças são sujeitas a trabalho forçado, e que a Covid-19 só veio piorar este quadro com o aumento do desemprego e da pobreza.

Direitos humanos
Ele conta que muitos homens, mulheres e crianças são traficados, mantidos em cativeiro e trabalham em condições análogas à escravidão. Uma em cada quatro pessoas nessas condições é criança.

O ator, que começou a carreira profissional como jornalista, acredita que a mídia e a imprensa podem ajudar a combater o trabalho forçado dando voz às vítimas e a divulgando esses casos de abuso dos direitos humanos.

Moura disse ainda que a denúncia responsável de incidentes de trabalho forçado com a divulgação pela mídia pode ajudar a salvar vidas e a fazer com que a lei seja aplicada. 

Recrutamento justo
Ele conclui a mensagem promovendo o guia da OIT para a mídia sobre trabalho forçado e recrutamento justo.

Este é o segundo vídeo que Moura grava para a OIT desde abril, quando ele manifestou preocupação com o impacto da pandemia da Covid-19 sobre o mundo do trabalho, numa gravação em português. 

“Pra muitos de nós, é possível trabalhar desde nossas casas, e muitos continuamos recebendo pelo nosso trabalho, mas para muitas pessoas, isso não será possível. E estou falando dos trabalhadores mais vulneráveis. Trabalhadores domésticos, trabalhadores migrantes, trabalhadores do setor informal. Haverá um aumento trágico da desigualdade no mundo.”

A Organização Internacional do Trabalho está realizando uma série de diálogos com trabalhadores, governos e empregadores para conter o impacto da pandemia sobre o desemprego. 

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, disse que a Covid-19 expôs, da forma mais cruel, as “as precariedades e injustiças extraordinárias do mundo do trabalho”.

Ryder afirma que centenas de milhares de postos de trabalho podem ser perdidos em todo o globo, e pediu a cooperação internacional para evitar o pior.



Por Jornalista Márcio Batista
Fonte: ONU News
Foto: OIT / Divulgação



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