Alimentos causam inflamação no corpo. A ciência esclarece que a ideia de alimentos serem diretamente inflamatórios não possui fundamento comprovado.
A inflamação é uma resposta natural e necessária do organismo diante de lesões ou infecções. Ela faz parte do processo de defesa do sistema imunológico, ajudando na recuperação de tecidos danificados. Sinais como dor, inchaço, calor e vermelhidão em uma região específica, por exemplo, ao torcer o tornozelo, são manifestações comuns desse mecanismo fisiológico.
O alergista e imunologista Dr. Marcelo Aun, inscrito no CRM sob o número 117.190/SP e com registro RQE 34.062, afirma que esse tipo de reação, quando controlada e proporcional, é benéfica para a saúde.
Contrariamente ao que muitas pessoas acreditam, não há evidências científicas sólidas de que determinados alimentos causem inflamação no corpo de forma direta.
A noção de que certos itens da dieta sejam intrinsecamente inflamatórios é um conceito amplamente divulgado, mas sem suporte em pesquisas robustas. Embora dietas desequilibradas possam contribuir indiretamente para condições crônicas, não se pode atribuir ao alimento em si o papel de agente inflamatório primário.
O que ocorre em casos de doenças autoimunes ou crônicas é uma ativação anormal ou prolongada do sistema imunológico, mas essa condição não é desencadeada simplesmente pela ingestão de um tipo específico de alimento.
Fatores como genética, estilo de vida, estresse e condições metabólicas têm muito mais peso nesse contexto. Portanto, rotular alimentos como amigos ou inimigos da inflamação é uma simplificação inadequada e potencialmente enganosa.
Quando alguém apresenta sintomas persistentes, como cansaço constante, dores generalizadas ou desconforto abdominal frequente, o mais adequado é buscar avaliação médica especializada.
Um profissional capacitado poderá investigar as causas reais desses sinais, realizando exames clínicos e laboratoriais, ao invés de atribuir os problemas a uma suposta alimentação inflamatória.
Promover mudanças saudáveis na dieta é sempre positivo, mas deve ser feito com base em orientações técnicas e individualizadas. Adotar restrições alimentares drásticas com base em mitos pode trazer mais prejuízos do que benefícios, inclusive levando à carência de nutrientes essenciais.
A ciência recomenda equilíbrio, moderação e acompanhamento profissional, em vez de modismos sem comprovação.
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