Como identificar perdas auditivas em recém-nascidos. A triagem auditiva neonatal é essencial para detectar precocemente problemas na audição de bebês, permitindo tratamento rápido e desenvolvimento saudável da fala e da linguagem.
O Ministério da Saúde lançou uma nova versão do Guia Nacional de Triagem Neonatal, atualizando as orientações e os fluxos assistenciais para a detecção de alterações auditivas logo após o nascimento.
O objetivo é garantir que possíveis perdas na audição sejam identificadas nos primeiros dias de vida, possibilitando intervenções adequadas que favoreçam o desenvolvimento integral das crianças.
A triagem auditiva neonatal tem como principal função identificar precocemente qualquer comprometimento na audição dos recém-nascidos.
A detecção precoce é fundamental, pois influencia diretamente no avanço da fala, da linguagem, da cognição e da interação social do bebê. Sem esse acompanhamento, dificuldades de aprendizagem e comunicação podem surgir ao longo do crescimento.
O teste mais conhecido e amplamente aplicado é o da orelhinha, oficialmente chamado de emissões otoacústicas.
Esse exame é indicado para a maioria dos recém-nascidos e consiste na inserção de uma pequena sonda no canal auditivo do bebê, que emite sons e analisa a resposta do ouvido interno. É um procedimento rápido, indolor e não invasivo.
Em casos específicos, especialmente quando há fatores de risco para perda auditiva, outro exame é recomendado, o potencial evocado auditivo de tronco encefálico, também conhecido como Peate.
Ele é mais completo e avalia diretamente a resposta do sistema nervoso central aos estímulos sonoros.
A fonoaudióloga Monique Barreto destaca que bebês com certas condições clínicas devem realizar ambos os testes.
São considerados grupos de risco aqueles que permaneceram internados em unidades de terapia intensiva neonatal por mais de cinco dias, que usaram medicamentos ototóxicos, tiveram infecções congênitas, nasceram com baixo peso extremo ou passaram por transfusão sanguínea.
A nova edição do guia revisou e aprimorou os critérios de classificação desses fatores de risco, permitindo uma triagem mais direcionada e eficaz, ajustada ao perfil individual de cada criança.
Com isso, o sistema de saúde pode oferecer um atendimento mais personalizado e eficiente, aumentando as chances de diagnóstico correto e tratamento oportuno.
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