O rádio brasileiro, longe de ser superado pelas plataformas digitais, está mostrando sua força e protagonismo na era do streaming. Em vez de recuar diante das novas tecnologias, o rádio tem se reinventado com inteligência e sensibilidade.
Nos últimos dois anos, o consumo de rádio online cresceu 186%, o que revela não apenas uma adaptação ao digital, mas uma transformação profunda da forma como o rádio se conecta com seus ouvintes.
Enquanto os algoritmos dominam playlists automatizadas em serviços como Spotify ou YouTube, o rádio preserva algo que se tornou cada vez mais raro: a experiência sonora humanizada. Segundo a Kantar IBOPE Media, 83% da população das grandes cidades brasileiras ainda ouvem rádio, e dados da Statista indicam que 8 em cada 10 brasileiros sintonizam alguma emissora ao menos uma vez por semana.
São, em média, quatro horas diárias de envolvimento com locutores reais, programações variadas e conteúdos que surpreendem — algo que nenhuma inteligência artificial consegue replicar com a mesma autenticidade.
O que chama ainda mais atenção é que, mesmo diante de gigantes do streaming, o rádio ao vivo continua liderando com folga. Segundo pesquisas, 82% dos ouvintes ainda preferem o rádio tradicional. Em comparação, o Spotify na versão paga registra apenas 21% de preferência, seguido por YouTube (14%), Spotify gratuito (12%) e Apple Music (10%).
Essa liderança se explica por um diferencial poderoso: o rádio vai além da música. Ele informa, entretém, interage em tempo real, promove sorteios, comenta o cotidiano e acompanha o ouvinte nos momentos mais corriqueiros — seja no trânsito, no trabalho ou em casa.
As emissoras também têm investido em tecnologia. Hoje, rádios oferecem aplicativos modernos, transmissão em alta qualidade e conteúdo sob demanda. Porém, apesar dos avanços, mantêm sua essência: calor humano, improviso e conexão emocional.
Em um universo digital cada vez mais automatizado, o rádio continua sendo um espaço vivo e acolhedor.
Mais do que resistir, o rádio está evoluindo — com propósito e relevância. E no Brasil, segue firme como uma das formas mais poderosas de comunicação de massa. Não é uma questão de nostalgia, mas de presença, de voz e de identidade.
O rádio permanece, porque continua fazendo o que as máquinas ainda não conseguem: tocar pessoas.
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Por jornalista Márcio Batista
Foto: (Pexels/Pixabay) Reprodução / Divulgação
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