Na noite de sexta-feira (8), coincidindo com o Dia Internacional da Mulher, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina sediou o inédito Congresso Antifeminista do estado. Organizado pela deputada Ana Campagnolo (PL), o encontro encheu o Auditório Antonieta de Barros, atraindo participantes de diversos cantos de Santa Catarina.
A deputada Campagnolo defendeu o congresso como uma celebração otimista do Dia Internacional da Mulher, criticando a abordagem negativa comumente associada à data. "Nosso encontro celebra a alegria de ser mulher, destacando privilégios como a maternidade, em oposição ao vitimismo frequentemente promovido", argumentou.
O congresso contou com palestras que desafiaram as convenções do feminismo. Cris Corrêa, pedagoga e especialista em Ciências Humanas, abriu o evento argumentando que o feminismo e o cristianismo são fundamentos incompatíveis. Segundo ela, o movimento feminista busca desconstituir valores cristãos, promovendo uma "teologia feminista" que revisa simbologias religiosas.
Pietra Bertolazzi, por sua vez, discutiu a influência da revolução sexual e da moda na saúde mental feminina, criticando a desconexão entre sexo e procriação e como isso tem levado a questões como o aborto e depressão entre mulheres. Ela também condenou a moda por promover a imoralidade, classificando-a como um veículo do pecado.
Patthy Silva, pedagoga e doutora em Educação, encerrou as palestras, abordando a participação histórica das mulheres no mercado de trabalho e refutando a narrativa feminista de que foi o movimento quem garantiu esse direito. Ela destacou o papel pioneiro das freiras católicas nos EUA e das mulheres pobres no Brasil, trabalhando muito antes da ascensão do feminismo na década de 1960.
O evento também teve o apoio de várias figuras políticas locais e nacionais, inclusive com participações virtuais, reafirmando o espaço para discursos antifeministas na arena política. O 1º Congresso Antifeminista de Santa Catarina promoveu um diálogo provocativo sobre o estado atual do feminismo, seus conflitos com o cristianismo e a celebração da identidade feminina além do movimento feminista.
Com informações da Assembleia Legislativa de Santa Catarina
Por jornalista Márcio Batista
Foto: (Vicente Schmitt/Agência AL) Reprodução / Divulgação
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