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Setembro amarelo


"O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia". (Camus)


Em 10 de setembro de 2003, em Estocolmo, Suécia, a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio se uniu à Organização Mundial da Saúde (OMS) para criar um dia dedicado a uma mensagem muito importante: os suicídios são evitáveis. O objetivo do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio é iluminar o problema na esperança de alcançar as pessoas que estão passando por dificuldades antes que seja tarde demais.


O primeiro ano do dia foi um sucesso, por isso, em 2004, a OMS concordou formalmente em co-patrocinar o evento novamente, tornando-o um dia reconhecido anualmente. O Dia Mundial da Prevenção do Suicídio é celebrado em mais de 60 países, com centenas de eventos em todo o mundo. Nacionalmente, a Semana de Prevenção ao Suicídio é sempre na semana de 10 de setembro.


Em 2016, foi criada uma fita em dois tons para conscientizar ainda mais. As cores amarelo e laranja representam a chama de uma vela, algo frequentemente visto em eventos que buscam conscientizar sobre a prevenção do suicídio.


A faixa foi até adicionada como um emoji do Twitter para a hashtag do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio em 2018. Essa hashtag esteve de volta em 2021 e esteve disponível em 16 idiomas diferentes. Cada ano, o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio tem um tema diferente. Para 2021, o tema foi “criar esperança através da ação”.


A Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio organiza eventos e arrecadação de fundos ao longo do ano para espalhar a conscientização. Seu evento principal é o Out of the Darkness Walk, que acontece em todo o país. A caminhada anual reúne pessoas afetadas pelo suicídio – e aqueles que as apoiam.


No Brasil, Setembro foi também o mês eleito para a campanha de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015, solenizado mundialmente todo dia 10. Poucos sabem, mas todo dia, 28 brasileiros se suicidam e, para cada morte, há entre 10 e 20 tentativas. Médicos alertam que é um problema de saúde que não recebe tanta atenção por causa do tabu social.


Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria faz ver que “uma revisão de 31 artigos científicos publicados entre 1959 e 2001, englobando 15.629 suicídios na população geral, demonstrou que em mais de 90% dos casos caberia um diagnóstico de transtorno mental à época do ato fatal”. O suicídio muitas vezes está ligado a um transtorno depressivo, que entretanto pode ser tratado.


O Brasil é o 8º país com mais suicídios no mundo, aponta relatório da OMS. De acordo com um estudo internacional, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Os suicidologistas dizem que os homens cometem mais suicídio que as mulheres. Nos países ricos, a taxa de mortalidade de pessoas do sexo masculino é três vezes maior que a de óbitos envolvendo o sexo feminino.


Sobre as causas, o relatório afirma que em países desenvolvidos a prática tem relação com desordens mentais provocadas especialmente por abuso de álcool e depressão. Já nos países mais pobres, as principais causas das mortes são a pressão e o estresse por problemas socioeconômicos.


A questão é que mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no mundo. Trata-se de uma das principais causas de morte entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos de idade. Entretanto, há uma estimativa de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o mundo. Os dados são assustadores!


Apesar de inúmeras a mostras científicas a respeito da causa mortis vinculadas ao suicídio, encontramos filosofias que justificam o ato, sob o pretexto de perceber este fenômeno como um ato de coragem e concomitantemente um ato de libertação do corpo em interface a alma, sendo o primeiro em detrimento da segunda, vista pelo prisma de uma prisão. 


Em contrapartida, a fé cristã percebe a vida humana como um dom divino e o corpo como templo do Espírito Santo, (1ª Co 6.19). Aliás, estamos falando do quinto mandamento, que atesta que a vida humana é sagrada. Destarte, que somos chamados para a vida e não para a morte, sendo está uma consequência do pecado, e não um decreto deliberativo da parte de Deus.


O Senhor Jesus disse: "eu sou o pão vivo, a água viva [...] eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância!", (Jo 4.5-14; 6.51; 10.10).


Portanto, estar consciente dessa verdade, e conscientizar pessoas diante do espectro chamado suicídio, jamais soará como algo irrelevante, pois o que se dá por avisado salvará a sua vida, como aos que o ouvem, (Ez 33.5; 1ª Tm 4.16).




Por Jornalista Márcio Batista
Autores: Pr Paulo Mazarem e Pr Márcio Batista
Foto: Your Living Manna / Divulgação


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