Suposta identificação de coronavírus em carne de frango de SC - Mais News

Suposta identificação de coronavírus em carne de frango de SC


Na Sessão Ordinária desta quarta-feira (19), na Assembleia Legislativa, deputados manifestaram preocupação com notícias veiculadas na imprensa sobre a suposta detecção de traços de coronavírus em amostras de carne de frango exportadas de Santa Catarina para a Ásia.


Asinhas de frango exportadas para a China supostamente contaminadas com o novo coronavírus e doação de material inservível para isolar xoklengs em José Boiteux foram destaques da sessão de quarta feira (19) da Assembleia Legislativa.


“A notícia é de que um lote de frango brasileiro, no caso da Aurora, tinha sido barrado por autoridades sanitárias de Hong Kong, Filipinas e China, porque viram traços do coronavírus e lançaram um alerta. Não há trabalho científico que prove que a carne, mesmo contaminada, transmite para o ser humano. A China ainda não fez nenhuma manifestação”, informou Doutor Vicente Caropreso (PSDB).


Para o parlamentar, trata-se de “suspeição sem base sustentada”, que exige ação diplomática vigorosa “para proteger e desmistificar a produção brasileira”.


Moacir Sopelsa (MDB) concordou com o colega e aventou a possibilidade da ida de uma missão brasileira à China.


“A Secretaria e o Ministério da Agricultura se manifestaram, a Associação Catarinense de Produtores de Aves se manifestou, é impossível que o produto que está sendo condenado na China pudesse ter o vírus Covid-19. A carne passa alguns dias no porto, passa um mês no navio congelada, isso nos deixa muitas dúvidas”, admitiu Sopelsa, acrescentando que é preciso “ir à China esclarecer o fato”.


Já o deputado Padre Pedro Baldissera (PT) denunciou que os xoklengs de José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, reivindicaram suporte para isolamento dos membros da comunidade com diagnóstico positivo para Covid-19, mas receberam material inservível.


“Fomos surpreendidos por manifestações relatando que haviam recebido 50 camas, 50 colchões e 50 cobertores para o isolamento, mas o material não tem qualquer condição de uso, os colchões estão deteriorados, as camas sem estrutura, os cobertores sujos e rasgados e não há qualquer informação sobre a procedência do material”, descreveu Padre Pedro.


O ex-prefeito de Guaraciaba ponderou que há 102 casos positivos e dois óbitos entre os xoklengs de José Boiteux.


“E seguem sem estrutura para isolar as pessoas. Apelo à Funai e ao governo federal para que se reúnam com as lideranças das aldeias do estado e ouçam as reivindicações das populações originárias”.



Por Jornalista Márcio Batista
Fonte: Rádio ALESC / João Guedes e Agência ALESC / Vítor Santos
Foto: Visão AGRO / Divulgação


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