O tema da eternidade nos desafia a refletir sobre o verdadeiro valor das coisas. O que permanece para sempre? O que levará conosco além da vida terrena?
Essas perguntas nos levam a uma profunda revisão de prioridades, especialmente diante do consumismo e da corrida desenfreada por bens materiais que marcam a sociedade moderna.
O pensamento de Frank A. Clark — "O homem moderno busca freneticamente ganhar dinheiro suficiente para comprar as coisas que ele não tem tempo para desfrutar" — ilumina com clareza essa realidade.
Quantas pessoas se esforçam dia e noite para adquirir objetos, status ou confortos efêmeros, sem sequer parar para saborear o presente ou considerar o futuro eterno?
O apóstolo Paulo, em sua carta aos Colossenses 3:2, exorta os cristãos a "pensarem nas coisas lá do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus", e não nas terrenas.
Isso significa fixar nossa atenção no invisível, no sobrenatural, naquilo que não perece nem se corrompe.
As riquezas materiais, as honrarias humanas, os bens acumulados são passageiros. Jesus mesmo alertou que a traça corrói, o ferrugem consome e os ladrões roubam (Mt 6:19). Muitas pessoas se enganam, nada disso pode ser levado para a eternidade.
Me chamou a atenção quando uma senhora, que era ouvinte de uma emissora de rádio, ela ao morrer deixou um testamento, sua fortuna ficaria para um certo locutor que todos os dias era a sua companhia diária, que a alegrava com palavras de fé e esperança. Esta senhora sabia que não levaria aquela fortuna para a a eternidade e que não que iria deixar para o patrimônio do município, pois não confiava em seus serviços devido a corrupção.
Para a eternidade não levamos nada, mas encontraremos os frutos do que plantamos nesta terra na Obra de Deus! Onde entendemos ser o ambiente que multiplica o Reino de Deus na terra! Meu saudoso pai, pastor Valmor L. Batista, sempre dizia que "Deus é suficiente fiel para galardoar quem faz sem esperar receber, quem se dedica com humildade, com total dedicação e com amor à Sua Obra. Apenas devemos agir com fidelidade, porque Deus não falha.
Na eternidade, encontraremos a presença infinita de Deus, o amor incondicional de Cristo, a comunhão perfeita com os santos, a ausência de dor, morte e sofrimento.
Encontraremos promessas cumpridas, recompensas espirituais, um novo céu e uma nova terra onde habita a justiça. Mas não levaremos consigo carros, casas, títulos acadêmicos, aparências ou contas bancárias.
O que realmente importa é o caráter desenvolvido, a fé praticada, o amor demonstrado, o evangelho compartilhado.
Portanto, a eternidade deve moldar nossas escolhas hoje.
Que tipo de tesouro estamos acumulando?
Estamos investindo tempo naquilo que perdura para sempre?
Ou estamos distraídos com o transitório?
A sabedoria divina nos chama a viver com olhos fitos no céu, enquanto ainda caminhamos na terra. Pois, como dizia C.S. Lewis: "Não há nada mais prático do que a eternidade".
Por jornalista Márcio Batista
Foto: (SvetlozarHristov/Pixabay) Reprodução / Divulgação
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