O Governo do Estado de Santa Catarina, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/SC), lançou no dia 15 de abril, o segundo edital do Programa CNH Emprego na Pista, com foco exclusivo em motofretistas.
A iniciativa, que visa promover a empregabilidade e formalização no mercado de trabalho, oferece 325 vagas para cursos voltados à categoria em cinco municípios: Florianópolis, Blumenau, Concórdia, Rio Negrinho e Videira.
Essa ação faz parte de um projeto mais amplo que pretende disponibilizar até 30 mil Carteiras de Habilitação gratuitas até o final de 2025, abrangendo as categorias A (moto), B (carro), D (caminhão e ônibus) e E (carreta), além de mudanças ou adições de categorias.
O Programa CNH Emprego na Pista é uma iniciativa inovadora que busca apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, proporcionando acesso gratuito à habilitação e, consequentemente, ampliando suas chances de inserção no mercado de trabalho.
Para os motofretistas, além da formação inicial, o programa inclui o Exercício de Atividade Remunerada (EAR) na CNH, um requisito legal para quem deseja trabalhar formalmente como condutor remunerado. Essa formalização não apenas garante benefícios legais aos profissionais, mas também contribui para a segurança viária e a redução de acidentes.
Segundo o governador Jorginho Mello, o programa é uma resposta às necessidades dos jovens e adultos que enfrentam dificuldades para iniciar sua trajetória profissional. "Muitas vezes, a falta de uma carteira de habilitação é um obstáculo para quem está começando e busca emprego. Este projeto vem para ser parceiro dessas pessoas, pagando a primeira habilitação e criando oportunidades reais de geração de renda", destacou.
Ricardo Miranda Aversa, presidente do Detran/SC, reforçou a importância de atender esse público-alvo específico. "Os motofretistas desempenham um papel essencial no transporte de mercadorias e serviços, mas muitos ainda atuam de forma informal. Com este programa, estamos facilitando o acesso ao curso de motofrete, garantindo que esses profissionais possam exercer sua atividade dentro da legalidade e com maior segurança no trânsito", explicou.
A iniciativa também recebeu apoio entusiasmado da Associação dos Motofretistas, representada por Alexandre Santos. Ele ressaltou que a falta de capacitação sempre foi um entrave para a categoria, resultando em acidentes frequentes e baixa remuneração. "Um profissional capacitado se acidenta menos, melhora sua renda e contribui para um trânsito mais seguro. Além disso, essa qualificação pode ajudar a reduzir a cultura da velocidade excessiva, que muitas vezes é resultado da pressão por entregas rápidas devido aos baixos salários", afirmou.
Até o final de 2025, o programa prevê a oferta de mais de 5 mil vagas exclusivas para motofretistas e interessados em ingressar na área, consolidando-se como uma política pública transformadora que combina inclusão social, segurança viária e desenvolvimento econômico.
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