Amazônia em perigo, alerta FAO - Mais News

Amazônia em perigo, alerta FAO


Ameaças à Amazônia exigem bioeconomia sustentável, diz diretor-geral da FAO


A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) fez um alerta para as ameaças que afetam a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, e destacou o potencial da bioeconomia sustentável para enfrentar os desafios globais.


O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, participou de um evento organizado pelo governo do Brasil durante o Fórum Mundial de Alimentação, que acontece na sede da agência, em Roma. Ele disse que a bioeconomia sustentável é a chave para muitos problemas que enfrentamos, como a pobreza, a desigualdade, a fome, a desnutrição, os impactos da crise climática, a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas.


Segundo ele, a bioeconomia oferece oportunidades para tornar os sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis. Ele acrescentou que a bioeconomia também oferece possibilidades para criar valor econômico, empregos e bem-estar social por meio de inovações tecnológicas, organizacionais e sociais, além de promover o consumo e a produção responsáveis, a melhoria na gestão de recursos naturais e a redução de resíduos.


No entanto, ele expressou preocupação com as diversas ameaças que afetam os recursos naturais da Amazônia. Ele afirmou que os ecossistemas únicos da região desempenham um papel crítico na garantia do acesso à água, energia, segurança alimentar e dietas saudáveis para seus habitantes e para o planeta, além de muitos outros benefícios para o clima e a natureza.


A FAO destaca que a Amazônia está sendo afetada pelo fenômeno El Niño e pelas mudanças climáticas induzidas pelo homem. Além disso, uma seca sem precedentes tem causado a diminuição dos rios, prejudicando ecossistemas e a vida e os meios de subsistência de centenas de milhares de pessoas.


A agência da ONU também aponta que a expansão rápida da agricultura, indústrias extrativas, desenvolvimento de infraestrutura, mudanças no uso da terra e urbanização também têm esgotado os recursos naturais da Amazônia. O potencial de perda de florestas na Amazônia entre 2015 e 2030 é o mais alto do mundo. O Banco Interamericano de Desenvolvimento prevê possíveis perdas econômicas cumulativas de US$ 230 bilhões para os países amazônicos se esse potencial se tornar realidade.


Qu Dongyu destacou algumas tendências positivas, como a diminuição das taxas de desmatamento em quase metade nos primeiros 8 meses deste ano em comparação com o mesmo período em 2022. Segundo ele, essas tendências podem ser ampliadas, e as perdas podem ser evitadas ao aproveitar o imenso potencial da bioeconomia sustentável e uma maior colaboração intercontinental nessa área.


Ele enfatizou que a FAO foi a primeira agência da ONU a elevar a bioeconomia ao nível de prioridade estratégica. Ele disse que a FAO está pronta para apoiar os países amazônicos na implementação de políticas e programas que promovam uma bioeconomia sustentável na região.


Com informações da ONU News




Por jornalista Márcio Batista
Foto: (Pixundfertig/Pixabay) Reprodução / Divulgação


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