Militarização na Coreia do Norte - Mais News

Militarização na Coreia do Norte


Militarização na Coreia do Norte aumenta violações dos direitos humanos, alerta Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos em reunião do Conselho de Segurança. A sessão realizada nesta quinta-feira trouxe à tona as preocupações relacionadas aos abusos contínuos no país asiático, que têm sido impulsionados pelo crescente foco na expansão militar. 


O alto comissário, Volker Turk, destacou que o trabalho forçado é utilizado para sustentar o aparato militar do Estado, ressaltando a importância de promover direitos humanos e justiça para construir uma paz sustentável.


A discussão foi requisitada pelos Estados Unidos, Albânia e Japão, marcando o primeiro debate no Conselho de Segurança sobre a Coreia do Norte desde 2017. 


Volker Turk abordou a situação atual, caracterizada pelo isolamento do país, e enfatizou a necessidade de reabertura ao diálogo internacional, destacando o histórico de participação da Coreia do Norte em tratados e entidades de defesa dos direitos humanos.


O alto comissário lamentou a ausência de engajamento recente em mecanismos de diálogo e orientação. Ele ressaltou que o escritório que representa continua buscando incentivar o governo a aceitar assistência técnica. A próxima Revisão Periódica Universal do país, agendada para novembro de 2024, é vista como uma oportunidade para promover o engajamento e o progresso em direção ao respeito aos direitos humanos.


A pandemia de Covid-19 intensificou o fechamento da Coreia do Norte, resultando em alegações de repressão dos direitos de liberdade de expressão, privacidade e movimento. 


A situação econômica e social também se deteriorou, com condenações severas para quem disseminar opiniões consideradas "ideologia e cultura reacionárias". Um sistema de autorização de viagens, além de fronteiras fechadas, culminou em ações violentas por parte das autoridades.


A imposição generalizada de trabalho forçado foi mantida durante os fechamentos de fronteiras, afetando homens, mulheres e crianças. Além disso, o país enfrenta insegurança alimentar, com a população sofrendo de baixos níveis de consumo e diversidade alimentar. 


A oferta de apoio humanitário foi rejeitada ou impedida pelo fechamento das fronteiras, resultando em dificuldades para trabalhadores humanitários atuarem no país.


Volker Turk reforçou a crescente vigilância do governo sobre os cidadãos, que levou a inúmeros desaparecimentos forçados, e alertou sobre a estagnação no reagrupamento familiar transfronteiriço Norte-Sul. 


Ele pediu por responsabilização e reparação desses atos, destacando a importância da verdade, da recuperação de restos mortais e de programas de reparação. O Alto Comissário apelou a uma ação significativa por parte do governo e encorajou a participação de Estados-membros e fóruns internacionais, incluindo o Tribunal Penal Internacional, para assegurar justiça.


Com informações da ONU News




Por jornalista Márcio Batista
Foto: (StillWZ/Pixabay) Reprodução / Divulgação


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