Resultados das Escolas Cívico-Militares - Mais News

Resultados das Escolas Cívico-Militares


Ministério da Educação apresenta os resultados do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares

Na ocasião, também foram lançados o Memorial de Gestão e o Caderno de Replanejamento


Os resultados de avaliação do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foram apresentados em um evento realizado no dia 08 de dezembro no auditório do Ministério da Educação (MEC), com a participação de autoridades da área e transmissão ao vivo pelo Youtube. Na mesma ocasião, também ocorreu o lançamento do Memorial de Gestão e do Caderno de Replanejamento da iniciativa.


Na mesa de abertura, o diretor de Políticas para Escolas Cívico-Militares, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Gilson Passos de Oliveira, divulgou os produtos elaborados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) que, entre outros conteúdos a respeito do Pecim, publicou panoramas das escolas antes e depois da sua efetivação. Os conteúdos estão disponíveis no site do Pecim.


Gilson Passos realizou uma apresentação em que tratou de assuntos sobre gestão, resultados e publicidade do Programa. “A nossa realidade hoje é essa: somos 202 escolas atendendo 120 mil alunos, aproximadamente. Podemos dizer que, de fato, o Programa é nacional e está presente em todas as unidades da federação”.   


São 39 unidades localizadas na região Norte; 26 na região Sul; 37 escolas no Nordeste, 46 no Sudeste e 54 no Sul. Desde a implementação em 2019, ocorreram 18 capacitações para 13.655 profissionais. Atualmente, há 1,5 mil militares inseridos na iniciativa, 359 municípios na lista de espera e 144 certificados emitidos e duas opções de formação continuada (Avamec e pós-graduação).


Importantes parceiros atuaram em regime de colaboração para que o Pecim obtivesse êxito, tais como professores, diretores, secretarias de Educação do país, estudantes, pais e autoridades. No processo de certificação das escolas, uma pesquisa com cerca de 25 mil pessoas da comunidade escolar constatou que:


A violência física foi reduzida em 82%, a violência verbal diminuída em 75% e a violência patrimonial em 82%. A mesma pesquisa constatou que a evasão e o abandono escolar diminuíram em quase 80%. Outro dado positivo foi que 85% da comunidade respondeu satisfatoriamente ao ambiente escoltar após a mudança para o modelo do Pecim.


O MEC disponibilizou em seu portal alguns documentos, como o Livro Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares: da concepção do modelo aos primeiros resultados; o Memorial de Gestão e o Caderno de Replanejamento Estratégico, com indicadores e resultados alcançados pelo Programa. Acesse AQUI


Estiveram presentes no evento o secretário-executivo do MEC, José de Castro Barreto Júnior; o diretor do CGEE, Ary Mergulhão Filho; a professora da Universidade de Brasília (UnB), Therese Hofmann; e o coordenador de Tecnologias de Informação e Informática do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Tiago Braga.


Escola Cívico-Militar na realidade

O Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay Cívico-Militar, localizado em Curitiba, no Paraná, apresentava baixos índices de educação. Em 2019, a comunidade passou por consulta a respeito da efetivação do Programa, que foi aprovado por grande parte dos entrevistados. Após o período de pandemia, o espaço começou a aplicar e receber os resultados do Programa.


“Tudo aquilo que, enquanto professor, imaginava que poderia ser feito, nós estamos conseguindo realizar. E realizar não somente por fazer. Realizar de uma forma excelente, de uma forma que traga resultados, de uma forma com a qual a comunidade esteja apoiando e esteja participando das ações desenvolvidas pelo colégio.”, destaca o diretor do Colégio Beatriz Faria Ansay, Sandro Mira Júnior.  


O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da escola, no ensino fundamental, após seis anos consecutivos no zero chegou a 4,5. Já no ensino médio, o colégio nunca havia apresentado índice e, após o Pecim, foi para 3,7, tendo 90% de participação dos estudantes da escola na prova durante o período de pandemia.


O estudante Diego Santana Ribeiro faz parte da turma do 3º ano do ensino médio no Colégio Beatriz Faria Ansay. Ao público do evento, ele contou um pouco sobre como foi a sua experiência de aprendiz. “A partir do momento em que se tornou cívico-militar, realmente nós começamos a ver a diferença.”, avaliou o jovem.


Entre as principais mudanças estão a diminuição dos índices de depredação, desvalorização dos estudantes e violência. “Antes, nós alunos, não nos sentíamos pertencentes ao nosso colégio porque não tínhamos oportunidades de ser protagonistas, oportunidades de ter atividades extracurriculares diferentes.”, completou.


Saiba Mais

O Programa nacional das escolas Cívico-Militares foi instituído pelo Decreto n° 10.004, de 5 de setembro de 2019, e implementa o modelo de Escola Cívico-Militar (Ecim) em escolas públicas de ensino regular que possuem baixo resultado no Ideb e que atendem estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com o objetivo de reduzir a evasão, a repetência e o abandono escolar.




Por jornalista Márcio Batista
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC
Foto: (Luis Fortes/MEC) Reprodução / Divulgação


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