Crianças e adolescentes estão mais expostos a jogos perigosos na web
Quanto mais tempo conectado maior a exposição aos riscos virtuais
Na Pandemia, crianças e adolescentes estão mais em casa; e, com isso, passam mais tempo na internet… além das aulas remotas, tem os jogos on line e as redes sociais… E é aí que mora o perigo…
Segundo uma pesquisa da Entertainment Software Association, "uma residência comum nos EUA tem ao menos um console, PC ou smartphone dedicado aos jogos".
O dispositivo móvel está se tornando uma parte importante da indústria de jogos; o NPD Group relata que 63% das crianças com idades entre 2 e 17 anos usam dispositivos móveis para jogar.
Embora os jogos on-line proporcionem uma interação social de qualidade, existe também um lado mais obscuro. Do cyberbullying aos predadores on-line e custos ocultos, as preocupações são inúmeras quando o assunto é jogos on-line.
A coisa mais importante que os pais podem fazer é estabelecer um diálogo com seus filhos sobre segurança on-line ainda na infância e também depois, conforme forem crescendo. Quando os filhos entendem os riscos e a importância da segurança, é muito mais provável que eles procurem você quando algo os preocupar.
"Quanto mais tempo conectado maior a exposição aos riscos que o mundo virtual apresenta. Entre eles, estão ataques feitos por perfis dirigidos a esse público…", como explica Bianca Paiva.
Baleia azul, coruja vermelha, boneca momo… Destacados na mídia como os desafios “Blue Whale” (Baleia Azul) e “Red Owl”(Coruja Vermelha), esses desafios mortais fizeram uma série de vítimas principalmente na Rússia, na Ucrânia e na China. O Blue Whale, consiste em um “desafio” de 50 dias nos quais a os participantes devem cumprir determinadas tarefas e, no 50º dia, cometer suicídio.
Já o “Red Owl” consiste em “desafiar” o participante a ficar 12 dias online e acordado, além de também cumprir uma série de tarefas. É ainda mais letal do que o Blue Whale, já que (supostamente) utiliza a geolocalização do IP da vítima para obter dados pessoais e utilizá-los em ameaças contra os participantes e seus parentes próximos.
Em julho de 2018 um novo desafio chamado “Momo” surgiu. A polícia argentina confirmou que uma menina de 12 anos se enforcou com uma corda amarrada em uma árvore no jardim da casa onde morava, em Ingeniero Maschwitz, a 48 km de Buenos Aires.
A internet esconde muitos perigos para crianças e adolescentes. E agora surgiu uma nova ameaça: um perfil nas redes sociais com o nome de Pateta. Também é uma espécie de jogo, em que os participantes sofrem ameaças de morte e são incentivados ao suicídio, à automutilação e a desafios que podem colocar a vida em risco.
A Polícia Militar do Distrito Federal, em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal, divulgou um alerta para que pais e responsáveis fiquem atentos; e de olho nos filhos. O Major Michelo Bueno, porta-voz da PMDF, explica como o jogo do Pateta escolhe as vítimas.
Quando a criança e o adolescente confirma a participação no jogo do Pateta, é repassado um link que permite ao criminoso receber o endereço de IP da vítima. A partir disso, ele tem acesso ao endereço e outras informações pessoais que são usadas para ameaçar e extorquir. De acordo com o Major Michelo Bueno, ainda não há registro desse caso no DF, mas é importante prevenir.
A psicóloga Joice Cassimiro explica porque esses jogos perigosos são tão atraentes para crianças e principalmente adolescentes. A psicóloga lembra que os pais devem observar a mudança de comportamento das crianças e adolescentes, que podem ficar mais tristes e retraídos, quando participam desses jogos com desafios.
Os pais têm algo para se preocupar?
Provavelmente a maioria dos pais não têm a menor ideia de que os dados dos seus filhos podem ser comprometidos ou que isto seja algo com que se preocupar. Contudo, o perigo de que mesmo fragmentos básicos de dados de uma criança sejam roubados é que os cibercriminosos podem começar a construir perfis, expondo crianças e adolescentes ao roubo de identidade ou outras atividades criminosas no futuro.
Lista de perigos on-line
Veja a lista de alguns perigos que deixam seus filhos inseguros on-line:
- Bullying virtual
- Problemas de privacidade
- Informações pessoais mantidas em consoles e computadores
- Preocupações com a webcam
- Predadores on-line
- Taxas ocultas
- Malware
Os que os jogos podem causar?
Um novo estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, sugere jogos de videogame com violência extrema estão associados a danos na região do hipocampo, principal área do cérebro responsável pela memória. O problema pode estar relacionado, por exemplo, a um maior risco de desenvolver Alzheimer e depressão. Outra dificuldade devido ao excesso de jogos eletrônicos é o aumento de irritabilidade deixando quem joga agressivo.
Regras de filtro da Internet
Escolha quais sites seus filhos não poderão acessar por categoria – o que pode ser feio por meio do antivírus Maximum Security, da Trend Micro. É possível escolher primeiro filtrar por faixa etária, usando os padrões, mas há a opção de personalizar, marcando ou desmarcando as caixas relevantes que descrevem várias categorias e subcategorias;
Limites de tempo
Selecione por quanto tempo e por quantas horas você quer que seu filho tenha acesso à internet e a programas específicos. Os pais podem selecionar horários diferentes para dias da semana e fins de semana (função também disponível no Maximum Security);
Escolha quais programas serão controlados
Adicione programas à lista de controle para que possa restringir ou bloquear (como Facebook, Google Chrome, etc.), e defina um horário no qual quer que sejam bloqueados;
Teste o impacto das regras na navegação ou o uso de programas proibidos
Verifique como o Controle Parental da Trend Micro Security restringe o uso da internet do seu filho nas categorias tempo, conteúdo e tipo de programa e teste os recursos antes de deixar seu filho usar a conta.
Compreenda e faça junto
É importante que os filhos não se vejam como “pesos” para a família. Suas atividades precisam ser compreendidas e acompanhadas. Reprovação e proibição demasiadas podem gerar uma distância mental e um sentimento de rejeição que facilitam a atração a jogos e desafios questionáveis.
Além dos estudos e das contramedidas de “parental control”, a Trend Micro também tem um blog especialmente idealizado para a questão da cibersegurança familiar, o ISKF (Internet Safety for Kids & Families), que reúne notícias sobre as últimas soluções e ameaças, além de tutoriais para os pais.
Denúncias
Para denunciar, o telefone é o 181. Também é possível entrar em contato pelo WhatsApp da Polícia Civil (48) 98844.0011. Caso seja vítima, a pessoa também pode registrar boletim de ocorrência virtual em https://delegaciavirtual.sc.gov.br/.
Por jornalista Márcio Batista
Fonte: Bianca Paiva / Radioagencia Nacional / Defesanet / Kaspersky / Avast
Fotos: (eclipse_images) Reprodução / Divulgação
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