Cabo Verde defende alívio de dívidas externas na África - Mais News

Cabo Verde defende alívio de dívidas externas na África


Cabo Verde defende alívio de dívidas externas na África para recuperação da pandemia


Primeiro-ministro do país, Ulisses Correia e Silva, diz que continente está sendo fortemente afetado pelas consequências macroeconômicas da Covid-19; segundo ele, continente tem todas as condições de saltar adiante com investimento externos, tecnologia e desenvolvimento sustentável.


Uma mensagem de solidariedade às vítimas do coronavírus incluindo as mudanças globais causadas pela pandemia foi o tema escolhido pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, para abrir sua mensagem deste ano ao debate de líderes internacionais na Assembleia Geral da ONU. 


Ao se referir ao mundo pós-pandemia, Correia e Silva disse que a cooperação internacional é fundamental para acabar com a Covid-19 e fortalecer a África que está sofrendo com a grave crise sanitária global. 


Vacina 


O líder cabo-verdiano afirmou que o acesso equitativo à futura vacina contra a doença é fundamental para não deixar ninguém para trás. 


Para ele, a imunização e a solidariedade para se chegar ao acesso universal do medicamento serão vitais para o que chamou de uma virada da crise que afetou também o turismo, um setor-chave para muitas economias africanas incluindo a de seu próprio país. 


Para o premiê cabo-verdiano, a comunidade internacional precisará agir para aliviar as dívidas externas, um passo vital à recuperação econômica das nações mais afetadas. 


Choques 


Correia e Silva disse que os investimentos estrangeiros ajudarão a acelerar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no país africano e deixar Cabo Verde menos vulnerável a choques externos, melhorando a qualidade de vida e criando empregos para jovens.  


Para ele, isso pode ser feito com parcerias público-privadas e um bom ambiente de negócio que inspire um quadro de confiança. Ulisses Correia e Silva acredita que quando as economias se desconectam e as fronteiras se fecham, todos perdem, principalmente as gerações vindouras. 


Mulheres e homens 


O líder do país africano citou problemas como terrorismo, tráfico de drogas, tráfico de pessoas e vários flagelos da humanidade como barreiras ao desenvolvimento. Ele afirmou que Cabo Verde apoia a agenda da ONU e os valores da organização. Para Correia e Silva, é possível construir um mundo mais pacífico e mais sustentável, com a defesa dos direitos humanos e com paz por mulheres e homens deste planeta.  


O chefe de governo disse ainda que é preciso utilizar a tecnologia no benefício de todos. 


Ao mencionar o aniversário da ONU, o primeiro-ministro de Cabo Verde afirmou que a realidade do mundo mudou nesses 75 anos passados e frisou que as Nações Unidas devem continuar com seu processo de modernização. 


Língua portuguesa 


Ele citou alinhamento de métodos de trabalho e reformas urgentes para construir a paz e promover o desenvolvimento.  


Cabo Verde foi o último país de língua portuguesa a falar no debate geral dos líderes internacionais na ONU, que começou em 22 de setembro com a mensagem de Jair Bolsonaro, presidente do Brasil.  




Por Jornalista Márcio Batista
Fonte: ONU News
Foto: Reprodução / Manuel Elias (Divulgação)


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