Retorno às aulas e crédito para educação em debate - Mais News

Retorno às aulas e crédito para educação em debate


O retorno às aulas no ensino público e privado e a concessão de crédito para as escolas de educação infantil, fechadas desde abril, monopolizaram os debates na sessão de quarta-feira (26) da Assembleia Legislativa.


“Em uma cidade onde tem uma ou duas escolas não se sente o impacto tão forte, em Joinville quase 300 mil pessoas precisam trabalhar e estão enfrentando o problema de onde deixar o filho”, avisou Sargento Lima (PSL), que pediu o retorno do ensino infantil no estado.


O deputado fez um apelo à Federação Catarinense de Municípios (Fecam) para que dialogue com os prefeitos para que revejam os decretos que suspenderam as aulas.


“Está na hora de mostrar que gosta da sua cidade”, afirmou Lima, aludindo aos alcaides catarinenses. Bruno Souza (Novo) apoiou o colega.


“A Secretaria de Estado da Educação (SED) tomou uma decisão arbitrária, unilateral, não defendo que todos sejam obrigados a voltar, mas não posso aceitar a decisão que proíbe qualquer um a voltar. Se você se sente inseguro e não quer enviar (o filho para a escola), não envie, mas se a escola quer abrir e os pais decidem enviar os filhos, os pais devem ter a liberdade de enviar”, argumentou o representante de Florianópolis.


Doutor Vicente Caropreso (PSDB) informou que a SED, com a participação da Assembleia e de outras instituições, discute o retorno às aulas para o dia 13 de outubro.


“É preciso preparar as instituições para respostas efetivas e oportunas que ajudem a mitigar os impactos, que proteja a vida das pessoas e assegure as condições para a continuidade da missão educativa das escolas”, indicou Caropreso, acrescentando que os debates envolvem treinamentos dos profissionais, aquisição de equipamentos de segurança e adequação das escolas.


“Países que se anteciparam, voltaram atrás, como Israel”, enfatizou o deputado, que defendeu socorro financeiro às cerca de 800 escolas de educação infantil. “Precisamos abrir crédito emergencial para este setor tão fundamental, este foi o apelo que fiz ao governo e ao secretário Paulo Eli”.


Luciane Carminatti (PT) citou relatório de monitoramento da educação estadual relativo a 2018 e alertou para o déficit de vagas.


“Faltam 2,2 mil vagas em creches de zero a três anos; mais de 15 mil crianças de seis a 14 anos não frequentaram o ensino fundamental em 2018; mais de 15 mil adolescentes de 15 a 17 anos não frequentaram a escola; e outros 58 mil não concluíram a educação básica”, relatou a presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, prognosticando que a situação em 2021 será mais complicada, haja vista o aumento do abandono escolar.


Marlene Fengler (PSD) concordou com Carminatti e também defendeu apoio financeiro à educação infantil.


“Há necessidade de pensar em um programa de apoio, se temos um déficit de 10 mil vagas, imagina qual será o déficit o ano que vem, quando as crianças que estariam no ensino privado forem para o público”, advertiu Fengler, que pediu atenção ao apoio psicológico de alunos e professores no retorno às atividades.


1/3 mais barato

Jessé Lopes (PSL) criticou o programa de distribuição de merenda do governo do estado e garantiu que se fosse o responsável pela distribuição dos kits, o custo seria 1/3 do atual. Segundo Jessé, um kit com um quilo de arroz, de feijão e de farinha, um litro de suco integral e dois litros de leite custa para o governo R$ 45,60, incluído neste valor o custeio da logística de distribuição.


Ocorre que o deputado comprou os mesmos produtos em um supermercado da capital por R$ 28,54, sobrando, portanto, mais R$ 17 para custear a distribuição de cada kit.


O deputado encontrou empresa que entrega 500 kits em Concórdia por R$ 1,4 mil, enquanto que o custo estimado pelo governo para distribuir esses 500 kits totalizam R$ 8,8 mil. Como a SED já entregou cerca de 278 mil kits, Jesse estimou em R$ R$ 3,9 mi o total destinado a custear a distribuição. “Um pequeno excedente de logística, queremos saber para onde vai esse excedente”, questionou.




Por Jornalista Márcio Batista
Fonte: Agencia ALESC / Vítor Santos
Foto: Comune di Parabita / Divulgação


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