Os Estados Unidos anunciaram uma nova exigência de cautela para solicitantes de determinados tipos de vistos, como parte de uma iniciativa temporária externa para reduzir o número de visitantes que permanecerão no país após o vencimento de sua autorização.
A partir de 20 de agosto, cidadãos de países selecionados poderão ser obrigados a apresentar garantias financeiras no valor de até 15 mil dólares (equivalente a aproximadamente 82 mil reais) para obter vistos nas categorias B-1 e B-2 — especificamente, atividades de negócios temporários, como participação em conferências, e turismo, lazer ou tratamento médico.
A medida será rompida por meio de um programa piloto de um ano de duração, durante o qual os oficiais consulares terão autonomia para exigir cautelas nos valores de 5 mil, 10 mil ou 15 mil dólares, dependendo da avaliação de risco de cada caso.
O Departamento de Estado Norte-americano afirma que a iniciativa visa fortalecer a segurança das fronteiras e garantir que os visitantes cumpram os prazos estabelecidos para sua estadia.
A justificativa oficial para a nova política está ligada à ordem executiva 14.159, intitulada “Protegendo o Povo Americano Contra a Invasão”, assinada pelo então presidente Donald Trump. Embora o documento tenha sido modificado em seu governo, a implementação dessa exigência ocorre agora como parte de uma estratégia contínua de controle migratório.
O governo norte-americano argumenta que muitos estrangeiros que entram legalmente acabam permanecendo ilegalmente após o término do visto, o que contribui para o aumento do número de pessoas em situação irregular no país.
Os países afetados pelo programa serão comunicados com pelo menos 15 dias de antecedência sobre a entrada em vigor da medida, garantindo tempo hábil para adaptações e esclarecimentos junto aos consulados.
Ainda não foram divulgadas quais nações serão incluídas inicialmente no piloto, mas espera-se que sejam priorizados os países com maior índice de overstays — ou seja, de visitantes que excedem o tempo permitido.
A cautela funcionará como uma garantia financeira: caso o visitante ultrapasse o prazo de permanência autorizado, o valor poderá ser retido pelas autoridades norte-americanas. No entanto, se o viajante cumprir todas as regras, o montante será reembolsado.
A medida tem gerado preocupação entre especialistas e operadores turísticos, que tem um impacto negativo no fluxo de turistas e nos negócios internacionais.
Por jornalista Márcio Batista
Foto: (Alexas_Fotos/pixabay) Reprodução / Divulgação
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