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O que seu filho acessa na internet?


Você sabe o que seu filho acessa na internet? CyberGaeco e especialista em psicologia educacional relatam cuidado no meio digital para evitar crimes.


A internet é uma ferramenta poderosa que oferece inúmeras possibilidades de informação, entretenimento, comunicação e educação. No entanto, também apresenta riscos e desafios, especialmente para crianças e adolescentes, que podem estar expostos a conteúdos impróprios, violência, cyberbullying, golpes, fraudes e exploração sexual.


Segundo a Unicef, no mundo, 89% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos já utilizaram a internet em algum momento da vida1. No Brasil, esse percentual é de 86%, o que representa cerca de 24,3 milhões de usuários nessa faixa etária2.


Diante desse cenário, é fundamental que os pais ou responsáveis acompanhem e orientem seus filhos sobre o uso seguro e responsável da internet, bem como estejam atentos aos sinais de possíveis problemas ou ameaças.


Para isso, conversamos com o promotor Richard Encinas, do CyberGaeco, e com a psicóloga educacional Ana Paula Silva, que deram algumas dicas e recomendações sobre o assunto.


O CyberGaeco é um grupo especializado em combater crimes praticados na internet, formado por integrantes do Ministério Público, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Penal e do Bombeiro Militar3. Segundo Encinas, o CyberGaeco atua em diversas frentes, como pedofilia, pirataria, fraudes bancárias, lavagem de dinheiro e crimes contra a honra.


“O CyberGaeco tem prestado serviços inestimáveis na prevenção e repressão aos crimes digitais. Nós apoiamos mais de 50 órgãos de execução do Ministério Público e contamos com a parceria de empresas privadas e organizações civis que nos auxiliam com informações e tecnologias”, afirmou o promotor.


Encinas alertou para os principais riscos que as crianças e adolescentes correm na internet, como o acesso a conteúdos inadequados para a idade, a exposição excessiva de dados pessoais, o contato com pessoas mal-intencionadas, o envio ou recebimento de imagens íntimas (sexting), o assédio moral ou sexual (cyberstalking), a chantagem ou extorsão (sextorsion) e a participação em desafios perigosos ou mortais.


“É preciso ter muito cuidado com o que se compartilha na internet, pois uma vez publicado, dificilmente se apaga. Muitas vezes, as crianças e adolescentes não têm noção das consequências que podem advir de um simples clique. Por isso, é importante que os pais ou responsáveis orientem seus filhos sobre os perigos da internet e estabeleçam regras e limites para o uso dos dispositivos eletrônicos”, disse Encinas.


O promotor também destacou algumas medidas de segurança que podem ser adotadas pelos pais ou responsáveis para proteger seus filhos na internet, como:

  • Instalar programas de controle parental nos computadores, tablets e celulares;
  • Verificar as configurações de privacidade e segurança das redes sociais e aplicativos;
  • Monitorar o histórico de navegação e as conversas online;
  • Conversar abertamente sobre os benefícios e riscos da internet;
  • Estimular o senso crítico e a cidadania digital;
  • Denunciar qualquer situação suspeita ou ilegal às autoridades competentes.


A psicóloga educacional Ana Paula Silva ressaltou a importância da internet como uma ferramenta pedagógica que pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Ela explicou que a internet pode favorecer o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais dos estudantes, como a criatividade, a colaboração, a comunicação e a resolução de problemas.


“Não podemos negar os benefícios da internet para a educação. A internet amplia os horizontes dos alunos, possibilita o acesso a diversas fontes de informação e conhecimento, estimula a interação com outras culturas e realidades, promove a autonomia e a participação ativa dos estudantes”, afirmou a psicóloga.


No entanto, Silva também reconheceu os desafios que a internet impõe para a educação, como a dificuldade de filtrar a qualidade e a veracidade das informações, a distração e a dispersão dos alunos, a dependência e o vício em jogos ou redes sociais, o isolamento e a falta de contato humano.


“É preciso encontrar um equilíbrio entre o uso pedagógico e o uso recreativo da internet. A internet não pode substituir o papel do professor, nem o convívio com os colegas. A internet deve ser usada como um recurso complementar e integrado ao currículo escolar, sempre com orientação e mediação dos educadores”, disse Silva.


A psicóloga também deu algumas dicas e recomendações para os pais ou responsáveis ajudarem seus filhos a fazerem um bom uso da internet para fins educacionais, como:

  • Estabelecer uma rotina de estudos com horários definidos para o uso da internet;
  • Criar um ambiente propício para o estudo, livre de ruídos e distrações;
  • Acompanhar as atividades escolares realizadas na internet e verificar o desempenho dos alunos;
  • Incentivar os alunos a pesquisarem em sites confiáveis e a citarem as fontes consultadas;
  • Valorizar os esforços e os progressos dos alunos e elogiar suas conquistas;
  • Dialogar com os alunos sobre as dificuldades e os desafios encontrados na internet e buscar soluções conjuntas.




Por jornalista Márcio Batista
Foto: (RoonzNL/Pixabay) Reprodução / Divulgação


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