Segundo a PF, a compra dos aparelhos teria custado ao estado do Pará cerca de R$50 milhões. Metade do valor teria sido pago de forma antecipada; mas, além de atrasarem a entrega, os respiradores eram de modelo diferente do estabelecido no contrato e não serviam para o tratamento da Covid-19. Os aparelhos foram devolvidos ainda no mês de maio.
A operação é resultado de um pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República e acatado pelo Superior Tribunal de Justiça. Também são alvos os endereços de quatro empresas e uma secretaria estadual.
O relator do caso no STJ, ministro Francisco Falcão, autorizou ainda o bloqueio de R$25 milhões do governador do Pará e de outras sete pessoas.
A empresa contratada para compra dos respiradores não tem registro na Anvisa e segundo a PGR, há a suspeita de que os equipamentos foram comprados com superfaturamento de 86,6%. Ainda de acordo com a procuradoria, indícios apontam que Helder Barbalho tem relação próxima com o empresário responsável pela concretização do negócio.
Em nota, o governador informou que apoia a Polícia Federal no cumprimento de seu papel, que o recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos; e ainda que já entrou na Justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos.
Estão sendo cumpridos, nesta quarta-feira (10) 23 mandados de busca e apreensão nos Estados do Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal.
Por Jornalista Márcio Batista
Fonte: Radioagencia Nacional / Maíra Heinen
Foto: Portal Roma News / Divulgação
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