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Imóveis abandonados


Imóveis abandonados terão destino público? 
Prefeitura intervém em imóveis abandonados para transformá-los em bens para a população.


A Prefeitura de Florianópolis passa a contar com nova medida para enfrentar o problema do abandono de imóveis urbanos. 

A partir de agora, propriedades particulares que permaneçam desocupadas por mais de 180 dias consecutivos podem ser alvo de intervenção municipal. 

A ação tem como objetivo principal combater os impactos negativos gerados por terrenos e edificações negligenciados, que frequentemente se tornam focos de insegurança, criam riscos sanitários e afetam diretamente a qualidade de vida dos moradores das redondezas.


A ocupação irregular, o acúmulo de entulho, a proliferação de vetores de doenças e a sensação de descaso são consequências comuns em áreas onde imóveis são deixados à própria sorte. 

Diante disso, a administração pública assume um papel ativo na recuperação desses espaços, garantindo que não continuem sendo fonte de problemas sociais e ambientais. 

A medida autoriza que os imóveis identificados como abandonados sejam desapropriados ou utilizados mediante cessão temporária, podendo ser destinados à construção de moradias populares, centros comunitários, equipamentos sociais ou até mesmo demolidos, caso representem risco estrutural.


O Executivo municipal reforça que manter um imóvel fechado por longos períodos não é apenas uma decisão individual, mas uma ação que afeta coletivamente o entorno. 

Deixar um terreno ou casa sem manutenção é visto como uma forma de desrespeito à vizinhança e ao bem-estar da comunidade. 

Por isso, a iniciativa se insere em um conjunto mais amplo de políticas públicas voltadas à ordenação urbana, à segurança cidadã e à valorização do espaço público.


A fiscalização será realizada por meio de vistorias e registros documentais, com base em denúncias ou ações preventivas da administração. 

Após a identificação, os proprietários serão notificados e terão prazo para regularizar a situação. Caso não haja resposta ou justificativa válida, o imóvel entra no processo de avaliação para uso público. 

O foco não é punir, mas sim resgatar áreas ociosas para devolvê-las à função social que a cidade exige.


A medida reflete uma tendência crescente em grandes centros de reverter a ociosidade urbana em benefício coletivo. 

Ao intervir em imóveis abandonados, a Prefeitura busca promover justiça social, melhorar as condições de convivência urbana e estimular o uso produtivo do solo. 

A gestão responsável do território se torna, assim, uma ferramenta concreta para transformar realidades locais, reduzir desigualdades e fortalecer o tecido social da capital catarinense.




Por jornalista Márcio Batista
Foto: (valko23/Pixabay) Reprodução / Divulgação


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