A quantidade de tentativas de falsificação de documentos no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, com um crescimento acentuado entre 2022 e 2025, destacando-se o RG como o documento mais visado.
Dados divulgados por empresa especializada em verificação digital apontam que as tentativas de fraude saltaram de cerca de 19 mil em 2022 para mais de 51 mil em 2025, indicando uma escalada preocupante no uso de documentos falsos.
O Registro Geral, conhecido como RG, continua sendo o alvo principal das fraudes, respondendo por 84% dos casos registrados neste ano. Esse índice demonstra que, apesar dos avanços tecnológicos, o documento ainda apresenta vulnerabilidades exploradas por criminosos.
Um dos principais fatores que contribuem para essa facilidade é a falta de padronização nacional do RG. Por ser um documento emitido pelos estados, existem diferentes formatos, layouts e níveis de segurança em circulação, o que dificulta a identificação rápida de cópias ou adulterações.
Essa diversidade se torna um obstáculo para agentes de segurança, comerciantes e instituições financeiras que precisam validar a autenticidade dos documentos no dia a dia.
Ao mesmo tempo, outro documento tem ganhado espaço nas fraudes: a Carteira Nacional de Habilitação. Enquanto representava apenas 8% dos casos em 2022, hoje está presente em 14% das tentativas de falsificação.
Esse aumento pode estar ligado à maior circulação da CNH digital e ao uso frequente do documento em transações eletrônicas, o que amplia as oportunidades para uso indevido.
Apesar desse cenário, há avanços na detecção dessas fraudes. Tecnologias baseadas em inteligência artificial têm sido cada vez mais utilizadas para analisar documentos e identificar sinais de alteração, como discrepâncias gráficas, erros ortográficos ou mudanças sutis na estrutura visual.
Quando combinadas com avaliação humana especializada, essas ferramentas alcançam índices de acerto próximos de 98%, oferecendo uma resposta eficaz contra os golpes.
O crescimento das fraudes reforça a necessidade de políticas públicas que unifiquem e modernizem os documentos brasileiros, com padrões de segurança comuns e maior integração entre os sistemas estaduais e federais.
Até que isso se torne realidade, a união entre automação inteligente e fiscalização atenta permanece como a melhor estratégia para conter os danos causados por documentos falsificados.
