Pílula do Câncer’: Medicamento não é eficaz, alerta Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta enfático sobre a fosfoetanolamina, conhecida popularmente como “pílula do câncer”. Segundo a agência, essa substância não possui eficácia comprovada para o tratamento da doença e não está autorizada para uso como medicação.
Há cerca de uma década, a fosfoetanolamina gerou controvérsias e expectativas, sendo considerada por muitas pessoas como uma alternativa eficaz para o tratamento e cura do câncer. No entanto, tanto a Anvisa quanto especialistas alertavam para a necessidade de mais pesquisas clínicas antes de sua utilização.
A agência reforça que consumir produtos não registrados, como a fosfoetanolamina, é extremamente arriscado. Além disso, esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais e apresentar riscos de contaminação. Portanto, é crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos em favor de terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida.
A Anvisa também destaca que propagandas nas redes sociais que atribuem à fosfoetanolamina propriedades funcionais ou de saúde são irregulares e enganosas. Para que essa substância possa ser comercializada no Brasil, seus produtores devem apresentar um pedido de registro com testes de qualidade, segurança e eficácia para análise.
Além disso, a fosfoetanolamina não deve ser usada como suplemento alimentar, e produtos que a contenham não podem ser vendidos sob rótulo terapêutico ou medicinal. A ciência médica baseia-se em dados e evidências rigorosas, e a aprovação de novos tratamentos visa proteger a saúde dos pacientes.
A “pílula do câncer” não é eficaz e não deve ser considerada como opção de tratamento. Pacientes devem seguir orientações médicas embasadas em evidências científicas para garantir a segurança e eficácia de seus cuidados de saúde.
Por jornalista Márcio Batista
Foto: (jarmoluk/pixabay) Reprodução / Divulgação
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