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Protestos dos Agricultores Europeus


Agricultores europeus protestam por melhores condições e criticam acordo com Mercosul


Desde o final de janeiro, milhares de agricultores de vários países da Europa têm realizado protestos nas ruas, bloqueando estradas com tratores e exigindo mais apoio dos governos e da União Europeia. 


Os manifestantes reclamam da queda dos rendimentos, do excesso de regulamentações ambientais, da burocracia administrativa e da concorrência estrangeira, especialmente do acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul, que consideram injusto e prejudicial para o setor agrícola europeu.


Os protestos começaram na França, onde os agricultores denunciaram a “agribashing”, ou seja, a hostilidade e a desvalorização da sua atividade por parte da sociedade e dos meios de comunicação. Eles também criticaram os movimentos socialistas e ecologistas, que defendem uma transição agroecológica e uma redução do consumo de carne. 


Os agricultores franceses pediram ao governo que aumentasse os preços mínimos dos produtos agrícolas, que simplificasse as normas sanitárias e que protegesse o mercado interno das importações baratas. Eles também exigiram que o acordo com o Mercosul fosse revisto ou cancelado, alegando que ele não respeita os mesmos padrões de qualidade e de sustentabilidade que os produtores europeus.


Os protestos se espalharam pela Europa, atingindo países como Alemanha, Espanha, Itália, Bélgica, Grécia, Polônia e Romênia. Em cada país, os agricultores apresentaram reivindicações específicas, mas também expressaram solidariedade e unidade com os seus colegas de outros países. 


No dia 1º de fevereiro, mais de 1.300 tratores se concentraram em Bruxelas, na Bélgica, coincidindo com uma cúpula extraordinária dos líderes da UE. Os agricultores europeus pediram à Comissão Europeia que revisse a Política Agrícola Comum (PAC), que define o orçamento e as regras para o setor agrícola na UE, e que levasse em conta as suas necessidades e dificuldades.


Os governos e as autoridades europeias têm tentado responder aos protestos dos agricultores, prometendo mais ajuda financeira, mais diálogo e mais flexibilidade nas regulamentações. 


No entanto, eles também têm defendido a necessidade de adaptar o setor agrícola aos desafios do clima, da biodiversidade e da saúde pública, e de manter o acordo com o Mercosul, que consideram benéfico para a economia e para as relações internacionais. 


Os agricultores, por sua vez, têm mantido a pressão e a mobilização, esperando que as suas vozes sejam ouvidas e que as suas propostas sejam levadas em conta.




Por jornalista Márcio Batista
Foto: (Freepik) Reprodução / Divulgação


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