CPI ouve auditor da CGE e empresário citado no processo de compra dos respiradores - Mais News

CPI ouve auditor da CGE e empresário citado no processo de compra dos respiradores


A CPI que investiga a compra dos 200 respiradores pelo governo catarinense tomou, nesta quinta-feira (9), os depoimentos de Cauê Lopes Martins, que atuou como representante da Brazilian Trade, e do auditor Clóvis Renato Squio, que atua na Controladoria-Geral do Estado.

Por decisão judicial, o depoimento de Squio foi fechado, não teve transmissão ao vivo pela TV ou pela Internet.

Ele foi o auditor que presidiu a investigação na controladoria geral do Estado no processo da compra dos respiradores. 

A justiça concedeu habeas corpus ao servidor para que pudesse prestar depoimento a CPI de forma reservada, ou seja, apenas para os deputados, como esclarece o Relator da Comissão, Deputado Ivan Naatz (PL). "Como a sindicância interna promovida na Secretaria da Saúde, pela CGE, é um processo preliminar. Por tantas informações que consta nesse processo preliminar, não estão alicerçados no contraditório. E, sem o contraditório, não se pode fazer a divulgação - pela lei de abuso de autoridade - por isso, que o depoimento foi prestado aqui, foi sigiloso, reservado, a fim de que ele pudesse falar com os deputados aquilo que ele acredita e sem a preocupação de que as informações saia para fora do contexto da CPI", disse Naatz.

Antes de Squio, os deputados ouviram por vídeo conferência, Cauê Lopes Martins, empresário que trabalha com a importação e exportação de insumos para o agronegócio. Ele informou a CPI que foi procurado por Germano Lincon, para fazer a importação de respiradores por ter experiência em comércio Exterior. Por diversas oportunidades, Martins afirmou aos deputados que mesmo sua empresa não tendo qualificação técnica para importar os equipamentos médicos, queria ajudar o estado e por isso indicou a Brazilian Trade para fazer a importação. Juntas, a empresa de Cauê Lopes Martins e a Brazilian Trade, receberiam 1,5% do valor da negociação. O empresário disse que desistiu do negócio com o governo Catarinense, depois de um pedido de comissão feito em um grupo de WhatsApp pelo representante da empresa CIMA, de Samuel Rodovalho. Martins disse aos deputados não saber para quem seria esse dinheiro.

Para os membros da CPI, o depoimento não trouxe novas informações da investigação. As próximas duas reuniões serão internas e não terão oitivas, apenas análise de documentos, como informa o deputado Ivan Naatz (PL). "Eu tenho dito que a CPI não se baseia só nos depoimentos que chegam aqui, mas também na documentação que é requisitada, é um misto de informações. Então, durante a semana nós vamos fazer o levantamento dessas informações, e, na outra semana, se for necessário, reinquirir alguém ou algum elemento novo que surja no processo", salientou Naatz.

O presidente da CPI, deputado Sargento Lima (PSL), destaca importância da fase de análise de documentação. "Esse tempo que a gente vai ter nessas duas reuniões fechadas na próxima semana, é justamente para isso. Para poder desenhar agora, ela que é muito complexa, é um material muito grande mesmo. E, ter acesso novamente agora, para pegar todos os depoimentos e aos fatos do que aconteceu", disse Lima.



Por Jornalista Márcio Batista
Fonte: Rádio ALESC / Nara Cordeiro
Foto: ALESC / Divulgação




____________________
É proibido copiar os artigos deste site. A publicação dos artigos aqui postados em outros sites, blogs, impressos, trabalhos acadêmicos, ou trabalhos científicos deve seguir a regra da ABNT. Copiar deliberadamente na íntegra qualquer conteúdo deste site implica em crime, previsto no Código Penal. Lei do direito autoral. Todos os direitos reservados a Mais de Cristo de Florianópolis, SC, Brasil.