Estudo revela que 67% das empresas usam o WhatsApp como principal canal de venda, em frente a sites e lojas físicas.
O WhatsApp se consolida como o principal canal de vendas para a maioria das empresas brasileiras, especialmente entre micro e pequenos empreendedores. Dados de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indicam que 67% dos estabelecimentos comerciais e de serviços no país utilizam o aplicativo de mensagens como ferramenta central nas operações de comercialização de produtos e serviços.
O crescimento do uso do WhatsApp nesse contexto reflete uma mudança profunda na forma como as empresas se relacionam com os consumidores, priorizando canais diretos, ágeis e acessíveis.
Apesar da forte presença do WhatsApp, muitos empresários adotam uma abordagem multicanal. Parte significativa combina o uso do aplicativo com redes sociais, como Instagram e Facebook, e mantém também a loja física como ponto de atendimento.
No entanto, o estudo aponta um declínio na relevância dos sites institucionais como meio de venda. Enquanto redes sociais e aplicativos de mensagem ganham força, os sites tradicionais perdem espaço no funil de conversão, evidenciando uma preferência clara por plataformas mais interativas e imediatas.
Nos últimos seis meses, cerca de 70% das empresas pesquisadas realizaram algum tipo de investimento para fortalecer suas operações. De acordo com Daniel Sakamoto, gerente executivo da CNDL, esses recursos foram direcionados principalmente à modernização da infraestrutura — incluindo aquisição de máquinas, equipamentos de informática e melhorias logísticas — e ao aumento da visibilidade digital.
A propaganda em meios digitais tem sido uma das frentes prioritárias nesse processo, impulsionada pela necessidade de alcançar consumidores cada vez mais conectados.
Entre os canais pagos mais utilizados para divulgação, o Instagram e o Facebook lideraram as escolhas dos empresários, seguidos por estratégias tradicionais como panfletagem, anúncios no Google e inserções em marketplaces.
Em média, as empresas destinam cerca de R$ 880 por mês para ações de publicidade e promoção. Esse valor reflete o esforço contínuo para atrair clientes em um ambiente competitivo, onde a presença online define grande parte do sucesso comercial.
A pesquisa reforça ainda o papel crucial dos pequenos negócios na dinâmica do varejo nacional. São eles os principais responsáveis pela adoção acelerada dessas novas práticas de venda e marketing digital.
Com recursos limitados, mas de alta adaptabilidade, esses empreendedores foram encontrados no WhatsApp e nas redes sociais soluções eficazes para expandir seu alcance, reduzir custos e manter a proximidade com o público. O cenário atual demonstra que, no Brasil, o futuro do comércio passa cada vez mais pelo celular do consumidor.
