Ir à igreja pode salvar sua vida: estudo de Harvard revela que frequentar cultos aumenta a longevidade em até 33%
Um estudo inovador conduzido por pesquisadores da Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard, liderado pelo professor Tyler VanderWeele, revelou uma ligação significativa entre a frequência a cultos religiosos e uma maior longevidade.
Publicado em periódicos respeitados como JAMA Internal Medicine e amplamente coberto por veículos científicos e de notícias, como The New York Times e Harvard Gazette, a pesquisa acompanhou mais de 74.000 mulheres registradas no Nurses’ Health Study — um dos estudos de coorte mais longos e abrangentes sobre saúde feminina — por um período superior a 16 anos.
Os resultados mostraram que as mulheres que frequentavam serviços religiosos pelo menos uma vez por semana tinham um risco 33% menor de morte prematura em comparação com aquelas que raramente ou nunca participavam.
Além disso, essas mulheres também apresentaram um risco 27% menor de morte por doenças cardiovasculares e um risco 21% menor de morte por câncer. O estudo controlou variáveis como dieta, nível socioeconômico, tabagismo, índice de massa corporal (IMC) e depressão, o que reforça a robustez dos achados.
Os pesquisadores sugerem que os benefícios observados não estão apenas ligados à crença religiosa em si, mas à participação ativa em uma comunidade de fé, que promove suporte social, sentido de propósito e comportamentos saudáveis.
Do ponto de vista biológico e psicológico, a prática religiosa regular pode ter efeitos mensuráveis sobre o corpo. Segundo artigos publicados no National Institutes of Health (NIH) e em revistas como Psychoneuroendocrinology, atividades como oração, meditação e canto em grupo podem estimular a liberação de neurotransmissores como endorfinas e ocitocina — substâncias associadas ao bem-estar emocional, redução do estresse e fortalecimento dos laços sociais.
Além disso, práticas espirituais profundas ativam o sistema nervoso parassimpático, responsável pela "resposta de descanso e digestão", o que leva à diminuição da frequência cardíaca, pressão arterial e níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
Estudos complementares, como os do Harvard Religious and Spiritual Health Research Group, indicam que a espiritualidade pode influenciar positivamente a saúde mental e física, reduzindo riscos de depressão, ansiedade e isolamento social — fatores fortemente associados à mortalidade.
Embora o estudo de VanderWeele tenha focado em mulheres, pesquisas subsequentes sugerem que os benefícios podem se estender a homens e diferentes grupos culturais.
A ciência está reconhecendo que certos elementos da vida comunitária e espiritual podem funcionar como fatores protetores à saúde.
A veracidade dos dados é respaldada por fontes confiáveis em inglês, como JAMA Network, NIH.gov e Harvard.edu, tornando o estudo um importante contributo para a medicina preventiva e a saúde pública.
Por jornalista Márcio Batista
Foto: (sabinevanerp/Pixabay) Reprodução / Divulgação
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