Escolas da rede municipal participam de projeto de educação agroecológica
O objetivo do projeto é levar a educação agroecológica para o cotidiano da comunidade escolar
[Foto Principal] Os irmãos Gustavo e Otávio Pereira da Silva aprenderam mais sobre a cultura alimentar indígena e o cultivo da mandioca a partir do Projeto Educando e Transformando com a Horta
Para reforçar o cuidado com a sustentabilidade e compreender o impacto das ações humanas nos ecossistemas do planeta, três escolas da rede municipal de São José estão participando do Projeto Educando e Transformando com a Horta.
A iniciativa é uma parceria com o Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro) com apoio do Instituto MRV, que tem como objetivo levar a educação agroecológica para o cotidiano da comunidade escolar.
O projeto começou no início deste ano com o Colégio Municipal Maria Luiza de Melo, o Centro Educacional Municipal Santa Terezinha e o CEM Escola do Mar, depois de ter sido selecionado na 7ª edição do programa Educar para Transformar, do Instituto MRV.
As atividades, que inicialmente seriam realizadas com visitas semanais às escolas, tiveram que ser adaptadas para o contexto atual da pandemia, com aulas não presenciais.
Segundo a coordenadora do projeto, engenheira agrônoma Karina de Lorenzi, o plano inicial do projeto era baseado no desenvolvimento de atividades presenciais na escola, por meio de uma horta educativa, onde seriam trabalhados três eixos: a gestão de resíduos e compostagem, horta agroecológica e alimentação saudável. Com a pandemia da Covid-19 esse plano teve que ser adaptado para o ensino remoto.
Os três eixos estão sendo trabalhados por meio de videoaulas interdisciplinares e de materiais impressos, relacionados à Agroecologia, tudo pensado e planejado em conjunto com as professoras.
As dinâmicas de trabalho envolvem a articulação e conversa com as docentes, criação de conteúdo em conjunto, gravação e edição de vídeos, sendo as atividades elaboradas de forma que os alunos possam repensar seus hábitos e sua relação com o ambiente e transformá-los para melhor.
Os irmãos Gustavo e Otávio Pereira da Silva, alunos do CEM Santa Terezinha, por exemplo, têm conseguido assistir às videoaulas e aprenderam sobre as plantas medicinais, que ajudam no bom funcionamento do sistema respiratório.
Como experimento, os irmãos buscaram e replantam mudas de gengibre e açafrão da casa da avó. “Agora já sabem como ajudar a prevenir com chás que podemos fazer em casa”, conta a mãe Daniela Pereira.
Em uma das lives do CEM Santa Terezinha, as professoras abordaram os desafios e surpresas de se fazer um projeto online, que inicialmente seria presencial e prático. “Foram muitas as transformações e aprendizagens que tivemos ao longo deste ano”, disse a professora Fabiana dos Santos. “As vídeo aulas são ótimas e reforçam a identidade com a comunidade escolar, mesmo a distância”, completa.
Já os alunos falaram sobre as experiências práticas, as mudanças de hábitos, principalmente alimentares e sobre como os novos aprendizados têm mudado a rotina da família. A partir dos estudos, puderam conheceram mais sobre a cultura alimentar indígena e descobriram como se planta e colhe a mandioca.
A diretora do CEM Santa Terezinha, Luciana Muniz Farias, conta que o projeto Educando e Transformando com a Horta será realizado durante dois anos em escolas da rede municipal de São José.
“Pensar um projeto, em que iremos usar a terra da escola, fazer a horta e tantas outras coisas sonhadas, e imaginar que as aulas remotas dariam tão certo. As expectativas são maiores do que poderíamos imaginar, com pais e alunos engajados e fazendo o seu melhor, com belíssimo retorno a cada dia”, assinala Luciana.
O projeto
É por meio do Projeto Educando e Transformando com a Horta, que o Cepagro tem desenvolvido atividades de educação agroecológica com as escolas municipais de São José. O projeto foi construído com três escolas de São José, o Colégio Municipal Maria Luiza de Melo, Centro Educacional Municipal Santa Terezinha e CEM Escola do Mar.
Em diálogo com professores, direção e cozinheiras, foram explicados os eixos de trabalho e planejadas as atividades, alinhando o calendário escolar ao agrícola e trazendo essa dinâmica para o Plano Político Pedagógico.
Quando o ano letivo começou, a proposta foi apresentada às turmas das escolas, mas logo surgiu a necessidade do isolamento social devido à pandemia e, com a suspensão das aulas presenciais, o projeto foi adaptado para aulas remotas, mantendo o diálogo com professores e diretores.
Por jornalista Márcio Batista
Fonte: Prefeitura Municipal de São José
Foto: (PMSJ) Reprodução / Divulgação
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