Pastores se reuniram para orar na Praça Murillo, na cidade de La Paz, capital da Bolívia.
Todos sabem que a democracia não é um paraíso, todavia ela consegue garantir que a gente não chegue ao inferno de uma ditadura. Aliás, por falar em inferno, assistimos por esses dias na Bolívia, a uma reforma no código penal daquele país que gerou tormento para as igrejas e cristãos como um todo, e não é por acaso, até porque, a partir desta reforma, evangelizar na Bolívia passou a ser um crime – tão grave quanto a exploração sexual, venda de órgãos, turismo pornográfico e mendicância forçada, todos passíveis de sete (7) anos a doze (12) anos de prisão.
O artigo 88, §11, diz que o “reclutamiento de personas para su participación en conflictos armados o en organizaciones religiosas o de culto” são infrações penalizáveis. É interessante que o inciso se desdobra inicialmente prescrevendo o recrutamento de pessoas na participação em conflitos armados e logo em seguida, inclui no desdobramento do preceito jurídico as “organizações religiosas com seus cultos”, criminalizando-as. Enfim, a um passo da desclerização, o presidente boliviano declarou, neste domingo (21), a revogação do Novo Código Penal, “Decidimos revogar o Código de Sistema Penal para [...] a direita deixe de conspirar e não tenha argumentos para desestabilizar o país”, declarou Evo Morales.
No momento não sabemos se foi vitória da igreja ou mudança de estratégia política frente às eleições de 2018 em nosso país. Só a eternidade revelará!
Por Pr Paulo Mazarém
Fotos: AHORA Digital
Sobre o autor: Paulo Mazarém é Pastor titular da Mais de Cristo Palhoça, Teólogo e Cientista da Religião. Casado com Priscila, pai de Sarah.
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